segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Geografia Cultural: M’Bya Guaraní - e Aspectos Físicos da Região Litorânea Paranaense

      Sob a perspectiva da utilização das novas tecnologias no ensino da Geografia e de proporcionar um conhecimento mais amplo da cultura indígena paranaense e dos aspectos físicos de seu habitat, foi desenvolvida, uma oficina na qual os alunos do ensino médio, tivessem a oportunidade de conhecer empiricamente os aspectos físicos e culturais da aldeia M’bya Guarani, localizada na Ilha da Cotinga-Paranaguá-PR.


    Os objetivos almejados foram Integrar elementos das novas tecnologias, proporcionar conhecimento mais amplo por meio da experiência empírica, relacionar a utilização das novas tecnologias com temas culturais, buscar junto aos alunos a construção da aprendizagem significativa (Ausubel, 1982), de maneira que se tornem capazes de compreender a relação entre o ambiente físico e o desenvolvimento das culturas. A metodologia ministrada consistiu em pré-campo, campo e pós-campo.

       No pré-campo, com a finalidade de registrar os conhecimentos prévios, fez-se a elaboração de um mapa mental do trajeto de casa ao colégio juntamente com um texto tendo como tema “O que sei sobre os indígenas”, aplicação de cinco aulas expositivas, tratando do breve histórico da cartografia (Ricobom, 2009) desde os primórdios até hoje, cartografia na era digital (Frick, 2010), sociedade dos M’bya Guaranis (Bonamigo, 2006) e mosaico do trajeto da aula de campo confeccionado com imagens do Google, discussão das relações existentes entre a cultura em que os alunos estão inseridos e a cultura indígena. Ressaltando a importância de que conhecer seu ecúmeno é fundamental tanto para o homem primitivo quanto para o homem contemporâneo, assim como é para os indígenas e a sociedade na qual vivem os docentes.

Mapa Mental (2 aulas):

 

Abstração e interpretação de seu meio.


Texto “O que sei sobre os indígenas” e construção de legendas e identificação de elementos (2 aulas):



Construção de legenda e identificação de elementos


Construção de legenda e identificação de elementos

Mosaico do trajeto da aula de campo e aspectos físicos da Serra do Mar (1 aula):

      No campo, foi realizado o reconhecimento in loco, com observação das características da tribo, tais como a confecção do artesanato, a sua organização escolar, a habitação, a religião e língua.


Artesanato
Organização Escolar
Habitação
Religião


       E finalmente no pós-campo realizou-se um croqui da ilha e aplicação de um questionário a fim de observar se o objetivo da aprendizagem significativa foi alcançado.

       Croqui da Ilha (2 aulas):

Usado como referência para confecção do Croqui da Ilha da Cotinga (elaborado por: Silmara dos Santos)



      Aplicação do questionário (1 aula):





Análise do Questionário

       Demonstração de quais foram os resultados alcançados por meio das avaliações realizadas, com o intuito de verificar se a atividade conseguiu ampliar e reconfigurar as idéias existentes dos alunos em relação aos indígenas.
A aula em campo trouxe a eles maiores conhecimentos e se despertou o interesse em ter aulas como estas que aliam a teoria à prática.

      Na questão um foi avaliado pelo próprio aluno, o nível de aprendizado obtido através da atividade desenvolvida. Onde em sua totalidade os alunos reconheceram o conhecimento adquirido como de grande importância.

       Com relação à questão dois foram indicados pelos próprios alunos, outras matérias que poderiam utilizar esta mesma atividade, conforme o gráfico a seguir, onde a matéria de história destacou-se com o maior índice (47,2%).



      Na questão três verificou-se que durante a caminhada foi possível observar algumas características relativas a geografia física, onde foram relatadas as que chamaram mais a atenção dos alunos, como a flora e o relevo. 



       Na questão quatro, observou-se que a particularidade dos M’Bya Guarani mais observada pelos alunos foi a forma de escolarização, seguida da religião e artesanato.





      Nas próximas cinco questões aplicadas verificou-se que houve modificações em relação à concepção que os alunos tinham quanto aos indígenas e sua história, bem como a ampliação do conhecimento para com a cultura indígena e sua relação com a FUNAI.

      Foi perguntado na questão 10 se os alunos já haviam participado de outras aulas de campo e observou-se que em grande maioria, os estudantes não haviam participado, conforme o gráfico abaixo mostra.



          Nas duas últimas questões aplicadas perguntou-se a opinião dos alunos sobre a aula de campo e se gostariam de participar de outras. 100% dos alunos responderam que sim, fariam parte de outras aulas como esta. Na última questão relacionada à qualidade da atividade de campo, 95% consideraram como ótima e os outros 5% como boa. 

Na observação dos resultados pode-se constatar a concreta integração e complementação dos elementos da geografia física com os elementos da geografia cultural. E que, por meio da utilização das novas tecnologias (imagens de satélite) foi possível fazer uma ponte entre dois eixos da Geografia possibilitando o entendimento da organização da cultura indígena atual, bem como um paralelo entre a necessidade dos docentes compreenderem seu meio.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Parques e Praças de Curitiba

       Esta atividade teve como objetivo a complementação do conhecimento dos alunos sobre a cidade em que transitam – mesmo uma parte da turma viver em cidades da região metropolitana – e sobre uma dificuldade que os mesmos tiveram na compreensão das diferenças entre os diferentes Espaços Verdes e Públicos que existem em Curitiba, assim como uma mostra da definição dos mesmos. 

       Aliada a esta dificuldade apresentada, foi possível o desenvolvimento do uso de imagens de satélite obtidas do Google Earth, afim de que os alunos tivessem mais contato com a tecnologia e fosse possível a apreensão dos diversos produtos do Sensoriamento Remoto e das Geotecnologias no âmbito geral.
 
Materiais e Métodos

       Para tal atividade, foram utilizadas como base a tese de BUCCHERI (2010) sobre espaços verdes e públicos em Curitiba, assim como dados da Secretaria do Meio Ambiente (SMMA) do município e imagens do Google Earth de cinco locais compostas em uma folha única, tendo seus valores de área em m² (o que difere da tese, aonde os No Colégio Estadual Hidelbrando de Araújo, no segundo semestre de 2012 foram trabalhados conceitos relacionados a urbanização, dando uma ênfase a cidade de Curitiba, além do desenvolvimento de atividades teóricas e práticas relacionadas ao Sensoriamento Remoto. 

      A elaboração das atividades avaliativas, assim como a correção das mesmas serviu para mostrar a nós bolsistas, os pontos positivos e os pontos falhos em relação a atividade realizada junto aos alunos, as metodologias de ensino que deram certo e as que precisam ser corrigidas

capacidade de conversão de unidades dos alunos):
a. Parque Tingui
b. Bosque Heinard Maack
c. Praça do Expedicionário
d. Jardinete 1063 (próxima ao Jardim Botânico)
e. Praça Walt Disney (Cajuru)

       Seguindo a isto, foram construídas questões que relacionavam os dados da tese e da SMMA, afim de que os alunos tivessem os conhecimentos tanto construídos quanto testados – no caso, com questões que relacionem os tamanhos dos elementos e a presença ou não de vias de circulação, vegetação, etc., por exemplo. -, que trariam à tona novamente as questões de análise de imagens de satélite já mencionadas.

Atividade Aplicada

       Aqui seguem as fotografias com comentários resumidos sobre a sua possibilidade de tratamento para atividades semelhantes de interpretação e uso de imagens, relacionadas ao tema:
 
       Figura 1 – Bosque Heinard Maack: localizado próximo ao terminal do Carmo e Linha Verde. Tal bosque responde as condições de serem uma área particular doada para o poder público para a preservação e aonde pode ser trazida a questão estratégica da doação destas áreas para valorização especulativa do entorno – muitas vezes, ainda pertencentes ao doador (BUCCHERI, 2010).


      De acordo ainda com a tese de BUCCHERI (2010), espaços de verdes com menos de 10 ha (cerca de 1000 m², aonde é necessário que se coloque no quadro a conversão, já que as figuras estão em m² propositalmente para isto) possuem esta condição de serem chamados de Bosques, apesar de haver discordâncias nas situações reais, já auxiliam na capacidade de compreensão espacial dos alunos.


 
      Figura 2 – Parque Tingui (seta 1): sendo esta uma área destinada a proteção de corpos d'água, possuiu também a função de lazer e a qual pretende-se implementar a interligação com os Parques Barigui e Tanguá, formando um Parque Linear. Porém, ainda possue mais de 10 ha (hectares), o que gera a ideia de proporcionalidade entre a categoria “Bosque”.
 
      Figura 3 – Praça do Expedicionário: Neste caso, cita-se primeiro a Figura 3, correspondente a Praça do Expedicionário, aonde pode-se sitar a importância histórica do Museu (Seta 3), uma das únicas residências construídas para os praças da 2ª Guerra, e também a elementos característicos para a identificação, como o avião modelo Thunderbird (Seta 4).
    
       A mesma classificação, pode ser realizada com a Figura 4, correspondente a Praça Walt Disney, porém, sua escolha fora pela ludicidade do nome (de uma personalidade representante de uma marca de um estúdio de mídia famoso) e para a representação dos diversos usos do termo “praça” em Curitiba, como nas chamadas “canchas”, quadras para prática de futobol ou vôlei, em geral, de piso de areia.

       
       Figura 5 – Jardinete 1063: segundo BUCCHERI (2010), consideradas quase como “sobras” de obras de grande circulação, como avenidas e grandes ruas, de usos diversos, com menos de 2 500m². A escolha da figura em questão se deve a proximidade do cotidiano dos alunos, pois se escontra próxima ao Jardim Botânico (Seta 2).

Conclusão:

      Finalmente, esta atividade teve como função o estímulo a percepção dos alunos com o trato das imagens de satélite, com fonte básica e acessível do Google Earth, assim como do conhecimento das informações e classificações sobre os espaços verdes e públicos do município do cotidiano dos alunos.




Urbanização – Interpretação de Mapas de Curitiba

Trabalho focado em demonstrar a importância planejamento da cidade que eles vivem (ou apenas estudam). Assim, explicamos o que seria um plano diretor e a importância deste no planejamento urbano. Conseguimos vários mapas sobre a evolução do zoneamento da cidade de Curitiba em vários períodos: Plano Agache 1943, 1966, 1975 e 2000, e por consenso geral imprimimos os mapas.



       Os alunos foram divididos em grupos de 3 a 4 alunos e entregamos os mapas e algumas questões para serem respondidas. Como os mapas eram relativamente bem detalhados, era possível identificar a localização da escola onde os alunos se encontravam, e por esse motivo a primeira questão era basicamente essa: Encontrar as coordenadas da escola nos mapas. Uma questão relativamente fácil, mas não para eles, que tiveram grandes dificuldades de manusear os mapas, alguns dizendo que nunca haviam trabalhado com eles em sala de aula. 

      A segunda questão compreendia em analisar as legendas dos mapas, com o intuito de os alunos perceberem as mudanças que foram ocorrendo ao longo dos anos na cidade em si, que mostrava uma alta urbanização de um período para o outro e uma alteração na forma de gerir os espaços da cidade (formas de uso do solo). A terceira questão requisitava uma breve análise com relação às mudanças que foram ocorrendo ao redor da escola, nos usos que esta porção passou a ter. E para finalizar entregamos uma foto antiga (impressa) da cidade de Curitiba de vários períodos e localidades, e era necessário que o aluno tentasse entender o que a imagem estava dizendo e relacionasse com os mapas, ou seja, falasse das transformações que foram ocorrendo na cidade:

http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/PORTAL/historiadotransportecoletivo.php


Fonte http://ceslaumakovski.blogspot.com.br/p/curitiba-velha.html

      Problemas ambientais no início do século XX – A enchente dos rios Ivo e Belém atinge a Rua João Negrão (1911).

       Vista parcial de Curitiba. Em primeiro plano o que à hoje a Praça Carlos Gomes na margem do Rio Ivo. Ao fundo a antiga Igreja Matriz na atual Praça Tiradentes.

      Apenas com esse material foi possível abordar vários assuntos que nem estavam na nossa proposta como as praças de Curitiba, a questão dos rios canalizados dentro da cidade, problemas ambientais que persistem até hoje e porque ocorrem, entre outros.

Aula Posterior - Correção
No desenvolvimento do trabalho sentimos a necessidade de corrigir as atividades propostas aos alunos. Desta maneira, destinamos a ultima aula a explicar para eles o que eles realmente deveriam ter feito na atividade, mas que não necessariamente foi comprido (mas mesmo assim não estava errado), onde eles apenas tomaram um caminho alternativo para análise do material, e longe de querer moldar o pensamento dos alunos, deixamos livre a interpretação deles. Desta forma, levamos um datashow para a sala de aula e apresentamos alem da correção, mais algumas imagens históricas
de Curitiba, e um pequeno vídeo mostrando a evolução da cidade (IPPUC).

Conclusão
Ao final das aulas pudemos tanto medir as nossas dificuldades como “aspirantes” a professor, com os problemas de planejar uma aula tão complexa e transformar os conteúdos em algo simples e didático, e até mesmo trabalhar a postura de professor com relação aos alunos, e presenciar as muitas dificuldades que os alunos tem ao trabalhar com materiais diferentes. Observou-se como eles são dependentes do caderno e da caneta, e quando se leva um mapa e uma imagem sentem dificuldades em apenas ver o que estes materiais estão tentando passar. Aulas deste gênero mostram que há a necessidade de levar materiais diferentes para a sala de aula, que além de trabalhar com outras habilidades dos alunos, tornam a aula mais interessante e colocam na prática vários conteúdos da Geografia. Ou seja, a Geografia passa a ser algo presente na vida dos alunos, e não apenas uma disciplina que se vê apenas na escola, e que no final os alunos esquecerão e acabou.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Maquete do Estado do Paraná em E.V.A.



     Esta oficina refere-se à Semana Cultural do Colégio Estadual Flávio Ferreira da Luz, que se realizou no dia 17/08/12 com a aula teórica tratando de conceitos relativos a curvas de ní­vel, conceito básico sobre o que são maquetes; mapas hipsométricos; perfil topográfico e cotas altimétricas. 

      A oficina teve por objetivo apresentar a técnica e montagem da maquete do Mapa Fí­sico do Brasil em E.V.A.


      Participaram nesta atividade 40 alunos do 1º B. Foram divididos em grupos de 2 a 5 alunos.
    
    Na aula expositiva, os alunos fizeram um perfil hipsométrico, colocando assim em prática os conceitos trabalhados. Foram utilizadas 2 aulas.


      Para que se iniciasse a atividade de montagem da maquete foi explicado qual seria o procedimento. Para isto foram utilizadas 3 aulas.



Material Utilizado:
Folhas de E.V.A ; Folhas de papel sulfite A3; Folhas de carbono; Fita durex; Caneta; Canetinha; Régua; Tesoura; Cola para E.V.A; Mapa Físico do Brasil.



Método para elaboração da maquete:

      Para a elaboração da maquete foi necessário estabelecer a primeira cota altimétrica. Assim, foi fixada a folha A3 com auxílio da fita durex; colocado o papel carbono em cima dela e depois a folha com o desenho do mapa a fim de estabelecer o contorno da primeira cota altimétrica do mapa físico do Brasil. Após isso, colocou-se o contorno do mapa em cima da folha de E.V.A de cor verde e fazendo o contorno com a caneta e depois recortando a folha de E.V.A.



      O segundo passo foi para estabelecer a segunda cota. Para isso, foi feito o mesmo procedimento com as folhas sulfites A3, o papel carboo e o mapa. Foi recortado o papel sulfite com o contorno da segunda cota e contornado o mesmo sobre a folha de EVA de cor pêssego e depois recortada. 


      O mesmo foi feito com as próximas cotas, conforme os anteriores. O último passo depois de tudo recortado, foi o de colar cada parte com cola especial para E.V.A fixando-o a base em E.V.A preto para que a maquete ficasse com maior destaque. E colando, também, a legenda, o nome da maquete e o nome de quem a elaborou.
 



Constatou-se com a confecção da maquete que os alunos puderam por meio do envolvimento da atividade, fixar melhor o conteúdo que foi dado na aula expositiva e compreender o processo de confecção da maquete.


Procurar material neste Blog

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