Um novo caminho para o Ensino da Geografia
Brincadeira levada a sério. Como estimular seus alunos a estudarem Geografia através dos Jogos que eles já jogam?

Geotecnologias: Um novo olhar da Geografia
Conceitos básicos referentes ao sensoriamento remoto, como o processo de obtenção de imagens aéreas e, a utilização destas imagens para questões abordadas pela Geografia.

Uso de Carta Imagem
compreensão do posicionamento espacial onde o aluno está inserido e a observação de aspectos da paisagem que até então passavam despercebidos.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Reconhecimento Espacial do Entorno
A atividade teve como objetivo o
reconhecimento das áreas de entorno do colégio, auxiliando na compreensão das
mudanças histórico temporais ocorridas na região nos últimos 20 anos. O tema da
atividade foi o processo de urbanização.
Etapas:
Foi disponibilizada uma imagem aérea
do ano de 1980 para os alunos, referente ao entorno do colégio. Os alunos
tinham como objetivo encontrar e assinalar na imagem de 1980 vinte pontos
específicos que eles conheciam/reconheciam atualmente.
Resultados:
Durante sua realização os alunos
tiveram contato com produtos cartográficos que geralmente não são utilizados na
escola, como por exemplo, ortofotos.
Esta experiência possibilitou verificar que grande parte dos alunos, apesar de
estarem em um estágio cognitivo avançando, não conseguem identificar elementos
espaciais básicos ao redor do colégio, sendo possivelmente resultado de uma má
alfabetização cartográfica.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Documentário sobre a aldeia indígena Kakané-Porã - Paraná
Para
conhecer mais sobre os costumes e o modo dos povos indígenas, foi realizado no
dia 14 de junho aula
interdisciplinar compreendendo as disciplinas de Geografia, Artes e Sociologia.
As atividades foram realizadas em
parceria com os Programas PIBID/UFPR Subprojeto de
Geografia e PIBID/PUC Subprojetos de Música e Sociologia.
Dentre as atividades, foi realizado um documentário sobre o modo de
vida indígena na aldeia Kakané-Porã localizada no bairro Campo do Santana em
Curitiba, sendo desenvolvido com um aluno e orientado pelos professores de
Geografia , Artes e os bolsistas
envolvidos na realização do documentário.
A
elaboração do documentário realizou-se em duas etapas. A primeira etapa foi a ida à aldeia urbana Kakané - Porã
no dia 08/06/13, onde foi entrevistado o
vice-pajé da aldeia. Durante a entrevista
houve a oportunidade de conhecer mais sobre sobre a cultura, alimentação, arte, meio ambiente,
direitos indígenas, entre outras questões sobre esse povo, utilizando como materiais máquinas fotográficas.
Após as
filmagens, a segunda etapa dessa atividade foi a elaboração do documentário
sobre o povo indígena, sendo realizada
no dia 10/06/13 no Colégio Flávio Ferreira da Luz . Para essa atividade
utilizou-se como recursos materiais o computador e o programa de edição de
vídeo Movie Maker, onde o aluno pôde conhecer o processo de construção de um
vídeo, efeitos, edição, corte de imagens entre outras ações que podem ser
desenvolvidas através deste programa.
Como produto final, o aluno elaborou com a
ajuda dos bolsistas responsáveis por essa atividade o documentário sobre a
aldeia Kakané-Porã, sendo o vídeo exibido durante a Feira Cultural.
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Entrevista com o Vice Pajé |
sábado, 27 de abril de 2013
Estudo de caso na Barra do Saí – Guaratuba/PR
A atividade foi realizada com os alunos do 3o ano do ensino médio, e o objetivo alcançado com esse projeto foi à elaboração de um vídeo mostrando as atividades feitas na Barra do Saí.
O projeto de interdisciplinaridade tendo o estudo de caso na barra do saí – Guaratuba-PR como foco foi realizado em conjunto com os professores de geografia e biologia do Colégio Flávio Ferreira da Luz. O projeto foi trabalhado em três etapas, sendo a primeira às atividades de pré-campo, como a elaboração de questionários, estudos sobre a fauna e flora da região, assim como os aspectos socioeconômicos e históricos do município de Guaratuba e arredores, e a filmagem das atividades.
Para cada uma dessas atividades, os alunos foram separados em grupos, onde cada um iria focar em um assunto dados pelos bolsistas do PIBID, Totalizando 30 alunos na contagem inicial. A próxima etapa foi à saída a campo no dia 27 de abril até a Barra do Saí, localizada no município de Guaratuba, na divisa com estado de Santa Catarina. Na chegada ao local, foi efetuada a passagem de barco até a outra margem do rio, onde se deram as aulas de biologia e geografia, e em seguida realizado a visita até o manguezal. Aqui foi dada ênfase novamente a parte de biologia, na qual foram abordados os temas fauna e flora.
Após a saída do manguezal, foi feita a coleta de lixo da praia, atividade que acabou envolvendo alunos e professores. Voltando para a margem antropizada, foi iniciada a etapa de coleta de dados sobre a comunidade local, onde foram feitas atividades como coleta de pontos de coordenadas e entrevistas com a comunidade local, feito pelos alunos, sendo os grupos acompanhados cada um por pelo menos um bolsista do projeto PIBID. As atividades foram filmadas e posteriormente foram utilizadas na edição de um vídeo educacional, que seria apresentado a alunos e professores do colégio, através do registro feito tanto por alunos quanto por bolsistas do PIBID.
As imagens gravadas foram feitas tanto na fase de précampo, como na ida a até a Barra do Saí e pós-campo. Após a atividade, todos os responsáveis pela filmagem entregaram os vídeos feitos, que então seriam unidos e editados através do programa MovieMaker do Windows, assim criando o vídeo educacional trazendo o registro das atividades feitas na Barra do Saí.
VIDEO DA AULA DE CAMPO 2012
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Imagem de Satélite da Barra do Saí com os pontos plotados – elaboração: alunos, bolsistas e coordenadora. |
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Geografia Cultural: M’Bya Guaraní - e Aspectos Físicos da Região Litorânea Paranaense
Sob a perspectiva da utilização
das novas tecnologias no ensino da Geografia e de proporcionar um conhecimento
mais amplo da cultura indígena paranaense e dos aspectos físicos de seu
habitat, foi desenvolvida,
uma oficina na qual os alunos do ensino médio, tivessem a oportunidade de
conhecer empiricamente os aspectos físicos e culturais da aldeia M’bya Guarani,
localizada na Ilha da Cotinga-Paranaguá-PR.
Na questão três verificou-se que durante a caminhada foi possível observar algumas características relativas a geografia física, onde foram relatadas as que chamaram mais a atenção dos alunos, como a flora e o relevo.
Na questão quatro, observou-se que a particularidade dos M’Bya Guarani mais observada pelos alunos foi a forma de escolarização, seguida da religião e artesanato.
Os objetivos almejados foram
Integrar elementos das novas tecnologias, proporcionar conhecimento mais amplo
por meio da experiência empírica, relacionar a utilização das novas tecnologias
com temas culturais, buscar junto aos alunos a construção da aprendizagem
significativa (Ausubel, 1982), de maneira que se tornem capazes de compreender
a relação entre o ambiente físico e o desenvolvimento das culturas. A
metodologia ministrada consistiu em pré-campo, campo e pós-campo.
No pré-campo, com a finalidade de
registrar os conhecimentos prévios, fez-se a elaboração de um mapa mental do
trajeto de casa ao colégio juntamente com um texto tendo como tema “O que sei
sobre os indígenas”, aplicação de cinco aulas expositivas, tratando do breve
histórico da cartografia (Ricobom, 2009) desde os primórdios até hoje,
cartografia na era digital (Frick, 2010), sociedade dos M’bya Guaranis
(Bonamigo, 2006) e mosaico do trajeto da aula de campo confeccionado com
imagens do Google, discussão das relações existentes entre a cultura em que os
alunos estão inseridos e a cultura indígena. Ressaltando a importância de que
conhecer seu ecúmeno é fundamental tanto para o homem primitivo quanto para o
homem contemporâneo, assim como é para os indígenas e a sociedade na qual vivem
os docentes.
Mapa Mental (2 aulas):
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Abstração e interpretação de seu meio. |
Texto “O que sei sobre os
indígenas” e construção de legendas e identificação de elementos (2 aulas):
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Construção de legenda
e identificação de elementos
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Construção de legenda
e identificação de elementos
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Mosaico do trajeto da aula de
campo e aspectos físicos da Serra do Mar (1 aula):
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No campo, foi realizado o
reconhecimento in loco, com
observação das características da tribo, tais como a confecção do artesanato, a
sua organização escolar, a habitação, a religião e língua.
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Artesanato |
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Organização Escolar |
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Habitação |
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Religião |
E finalmente no pós-campo
realizou-se um croqui da ilha e aplicação de um questionário a fim de observar
se o objetivo da aprendizagem significativa foi alcançado.
Croqui da Ilha (2 aulas):
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Usado como referência para confecção do Croqui da Ilha da Cotinga (elaborado por: Silmara dos Santos) |
Aplicação do questionário (1
aula):
Análise do Questionário
Demonstração de quais foram os
resultados alcançados por meio das avaliações realizadas, com o intuito de
verificar se a atividade conseguiu ampliar e reconfigurar as idéias existentes
dos alunos em relação aos indígenas.
A aula em campo trouxe a eles
maiores conhecimentos e se despertou o interesse em ter aulas como estas que
aliam a teoria à prática.
Na
questão um foi avaliado pelo próprio aluno, o nível de aprendizado obtido
através da atividade desenvolvida. Onde em sua totalidade os alunos
reconheceram o conhecimento adquirido como de grande importância.
Com
relação à questão dois foram indicados pelos próprios alunos, outras matérias
que poderiam utilizar esta mesma atividade, conforme o gráfico a seguir, onde a
matéria de história destacou-se com o maior índice (47,2%).
Na questão três verificou-se que durante a caminhada foi possível observar algumas características relativas a geografia física, onde foram relatadas as que chamaram mais a atenção dos alunos, como a flora e o relevo.
Na questão quatro, observou-se que a particularidade dos M’Bya Guarani mais observada pelos alunos foi a forma de escolarização, seguida da religião e artesanato.
Nas próximas cinco questões
aplicadas verificou-se que houve modificações em relação à concepção que os
alunos tinham quanto aos indígenas e sua história, bem como a ampliação do
conhecimento para com a cultura indígena e sua relação com a FUNAI.
Foi
perguntado na questão 10 se os alunos já haviam participado de outras aulas de
campo e observou-se que em grande maioria, os estudantes não haviam
participado, conforme o gráfico abaixo mostra.
Nas duas últimas questões
aplicadas perguntou-se a opinião dos alunos sobre a aula de campo e se
gostariam de participar de outras. 100% dos alunos responderam que sim, fariam
parte de outras aulas como esta. Na última questão relacionada à qualidade da
atividade de campo, 95% consideraram como ótima e os outros 5% como boa.
Na observação
dos resultados pode-se constatar a concreta integração e complementação dos elementos da geografia física com os elementos da
geografia cultural. E que, por meio da utilização das novas tecnologias (imagens
de satélite) foi possível fazer uma ponte entre dois eixos da Geografia
possibilitando o entendimento da organização da cultura indígena atual, bem
como um paralelo entre a necessidade dos docentes compreenderem seu meio.
